quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Confit e Pangazina













Descobri uma caixinha de fisálias no supermercado e, como tinha gente para jantar, resolvi fazer confit para entrada, com queijo e pão torrado.
Segui-se a Pangazina com quiabos e feijão - peçam a receita se vos interessar:


segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Petiscos















E que faz uma pikena com isto? Prepara um cocktail de martini, casca de limão e um golpe de... (ok, esta não divulgo) - a azeitoninha guarda-se para os secos - e deitam-se os restos de vinho na caçarola de frango, enquanto coze o arroz branco. A conversa está boa e a banana frita ali em cima é só para distrair a cozinheira. Hoje há tapas de pasta de azeitona e requeijão.
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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Cogumelos e bacon

Mistura de cogumelos e bacon em molho de natas com cuminhos e pimento, por cima de um punhado de massinhas e polvilhado com queijo ralado. Soube muito bem.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

carlos a.



Carlos A. nasceu em Lisboa, nos anos 60, não se lembra dos tempos da velha senhora, nunca lhe prestou atenção. Mas lembra-se do primeiro restaurante a que a avó o levou. "Sentei-me à frente dela, com as pernas a balouçar no ar. Pendurei o guardanapo na gola e fiquei, ansioso, à espera que nos trouxessem a comida." - Ainda se lembra do que comeram? "Claro. A minha avó sempre gostou muito de sopa, não havia refeição completa sem ela. Por isso começámos por uma sopa de cenoura com migas de broa. Ainda me lembro de olhar para os pedacinhos de pão a boiar no caldo e de sentir a boca a encher-se-me de água..." - Isso foi a entrada? "Não, não. Naquela altura comia-se a sopa primeiro, depois vinham as entradas. Naquele dia comemos queijo da Serra em pão de lenha, salada de polvo e azeitonas com alho. Eu, na altura, não bebia, claro. Mas a minha avó gostava de começar com o seu cinzano seco, com uma azeitona verde. Tinha por hábito dar-mo a provar e perguntava-me que tal o achava:" - E que tal era? "A princípio, terrível... Mas depois comecei a tomar-lhe o gosto, a perceber quando o cinzano valia a pena, quando era mais seco oi mais doce, se vinha suficientemente gelado. A minha avó gostava de azeitonas médias, nem pequenas, nem grandes, apenas o bastante para trincar e misturar o sabor com o da bebida. Era muito exigente com os pormenores e passou-me isso." - A seguir, que comeram? "Passámos para o bacalhau no forno. A minha avó era uma adepta incondicional do bacalhau. Trouxeram-nos aquelas postas altas, muito bem alouradas, com o azeite ainda a ferver, batatas novas, bastante alho e cebola. Nunca mais comi nenhum igual." - Depois disso, que sobremesa? "Sobremesa? (riso) Então e o segundo prato?" - Está bem, está bem... E o que foi então? "Chanfana à moda do norte. Posso garantir-lhe que estava um primor. Foi um almoço inesquecível." - Mas não ficou por aí, pois não? "Claro que não. A seguir comemos umas farófias que estavam de se lhe tirar o chapéu. Na fruta é que tivémos uma pequena divergência. A minha avó quis o ananás, mas eu preferi comer banana e queijo, com marmelada. Sempre gostei de marmelada." - Foi um almoço e pêras! "Claro. Que esperava? Era a minha estreia no restaurante. Essas coisas, lá em casa, tratam-se com todo o respeito." (Série Carlos A. - Continua)

(postado a 2004-03-22 16:01:00)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

pequenos prazeres



















Um jantar simples: travessa forrada com pão feito cá em casa, salpicado com um fiozinho de azeite, tomates aos quartos dispostos por cima, mais uns quadradinhos de pão a encher as falhas. Uma pitada de sal e oregãos por cima e forno com ele antes de se
cobrir com queijo ralado.



















Isto foi como ele saiu do forno, com o queijo derretido por cima.
E a salada a acompanhar, com um copito de vinho:

o regresso da caloria

Este blogue esteve adormecido por circunstâncias várias. Passa das páginas do Sapo para aqui por questão de conveniência e prepara-se para retomar a sua espiral de prazer calórico em estilo.
Nesta altura de muitos amargos de boca, creio que vale a pena voltar a adoçar a disposição com entretenimento para o estômago e para a alma.
Aqui serão re-postadas algumas entradas do antigo Caloria, só para vosso gáudio e deleite.
Até já.

primeiro grau zenocalórico

Preparar uma sobremesa extravagante, carregada de calorias, servi-la depois de um jantar bem farto e saboreá-la em deliciosas doses é o primeiro passo para se reconhecer as qualidades de um verdadeiro adepto da Caloria Zen. Eis então a primeira proposta, para o Verão, claro, e para extreminar de vez os dolorosos regimes de sumos e saladas: Prepara-se um singelo bolito com duas chávenas de farinha, uma de açúcar amarelo, uma de leite, quatro ovos inteiros, bastante canela (para escurecer q.b. a massa). Bate-se tudo até à exaustão e despejase numa forma untada com margarina e generosamente polvilhada com açúcar. Mete-se 45 minutos no forno previamente aquecido, a 200 graus. Antes de lavar a taça, rape o fundo com os dedos, que se lambem até se ter por garantida a divina qualidade do preparado. Ao lado, bate-se um quilo de natas, preparam-se gelatinas de diversas cores e sabores, cozem-se duas latas de leite condensado e lasca-se cerca de meio quilo de chocolate preto. Agarra-se numa taça grande e deita-se uma camada de bolo cortado em cubos, pedaços de gelatina, natas, farpas de chocolate e doce de leite. Repetem-se as camadas pela mesma ordem, até à borda. Decora-se com bolacha maria esmagada na 1,2,3. Leva-se a gelar pelo menos duas horas antes de servir, com café bem quente e, para quem aprecia bebidas mais fortes, cálices de amêndoa amarga com um farrapito de cinzano branco e seco. Depois de umas fatias de presunto com melão, sopa de peixe com pão torrado, cabrito assado com batatinhas novas e uma salada de tomate e queijo fresco, se no dia a seguir a balança não acusar mais dois quilos e meio, está-se automaticamente convertido à DCZ (Doutrina Calórica Zen).
(postado a 2004-03-19 02:01:00)

a caloria zen

A Caloria Zen é uma antiga lei há muito esquecida. Pode ser assim resumida: segundo a Caloria Zen, tudo o que se come, bebe, saboreia, cozinha, oferece, ensina ou passa a outrém, com absoluto e descomplexado prazer, só contribui para o bem-estar psíquico e físico de quem a põe em prática. A Caloria Zen é um estado de alma que conduz ao mais perfeito estado de satisfação. Bem comer e beber ao abrigo da Caloria Zen é atingir o nirvana através do estômago sem depois ter de deitar mão de uma qualquer dieta fantástica e miraculosa para adquirir uma cintura de Barbie que nunca se teve. Preparem-se pois, porque este blog é única e exclusivamente dedicado ao prazer da Caloria Zen.
(postado pela primeira vez a 2004-03-16 13:39:00)